O preto e a gaja apresentaram votações residuais pelo que merecem apenas esta pequena referência.
Quem parece mesmo mal é o Tio Sam que recolheu um bom pisso desta sondagem.
Porque McCain é bom:
Amigos,
Apesar dos políticos que temos, cuja honra e credibilidade há muito que morreram, ESTE PAÍS AINDA NÃO MORREU!!!
O nosso querido tá-se bem chamou a nossa atenção para uma iniciativa que anda a ser divulgada na net e que é exactamente aquilo em que estávamos a pensar...
Um meile que por aí circula a convocar ao Luto Nacional dia 22 e 22 de Maio, que consistirá, julgo eu, num simples pano preto na janela, na camisa preta ou numa faixa preta.
Quando vos perguntarem:
- Que é isso?
Vossas excelências responderão:
- Estou de luto porque a vida está difícil e os políticos simplesmente não apresentam soluções. Ou outra merda qualquer...
Querido tá-se bem, uma vez que não recebi o tal meile, queira por favor indicar-me qual o movimento que o propôs. Caso seja fidedigno e livre de politiquices desde já ofereço este espaço, e o meu tempo livre, a distribuir papelinhos, a fazer chamadas, a colar cartazes.
Que as câmaras de televisão venham à rua e vejam os portugueses de luto e em silêncio!
Pode ser que o nosso primeiro-ministro se lembre de algo mais que descer 1 % o IVA que todos pagamos... e bem nos custa!
Amigos...
Não temos nada contra a política nem contra os políticos, muito menos contra os partidos.
Não temos nada contra o actual governo especificamente, a não ser as suas evidentes trapalhadas. Mas este governo é apenas mais um, pouco diferente dos anteriores, e todos parecem ser incapazes de mudar de abordagem e de soluções.
Estamos é contra a pobreza que cresce, as dificuldades que sufocam, os empregos inseguros e mal pagos, os sonhos destruídos, as responsabilidades opressoras.
Caro Pintinho, muito agradeço o seu apoio, sempre desconfiei que como nós não gostasse do cinzentismo em que estamos.
Caro Kaos, lá chegaremos. Mas para quê as greves se depois os telejornais as reduzem a uma guerra de números entre sindicatos desactualizados e um governo tecnocrata? Ou manifestações em que estão presentes sobretudo os que AINDA PODEM ter o luxo de um telemóvel, um computador, um carro ou dinheiro para vir a Lisboa? Sim, é pouco. Mas a verdadeira mudança teria de vir por baixo, dos que não têm partido, dos que não querem tachos, dos que pagam impostos e trabalham. Panos pretos, ícones pretos, é pouco. Mas responder como sempre se respondeu às crises parece-nos pouco inovador e destinado a fracassar.
Caro Crypt keeper, dou-lhe já um exemplo de alguém na oposição com maior credibilidade que o actual governo:
- O idoso que enche o cesto de atum a 0,49 € e provavelmente não deve comer mais nada;
- O jovem mecânico, com a mulher desempregada, que tem dois filhos, uma casa e um carro e mesmo fazendo horas consegue apenas 600 € por mês;
- O filho de angolanos que entrou este ano para a escola e todos nós sabemos vai ser aluno de um professor desmotivado, de uma escola dos subúrbios com problemas de indisciplina e violência, que resultarão num jovem irado e sem referências, sem esperança e infelizmente sem futuro.
E por aí fora, pessoas que não estão contra este governo, que não têm partido, mas que vivem as dificuldades e vêem os governos insensíveis ao seu drama.
O problema não é substituir este governo por outro qualquer, é levar este governo e estes políticos a redefinirem as prioridades, a terem mais sensibilidade social, a perceberem que o mundo em que eles vivem não é mundo em que nós vivemos.
Por mais perfeitos que sejam os números de um estudo ou de uma estatística nada chega à mãe que prescinde de uma consulta médica para poder pagar outra ao filho, no privado porque o público quase ausente assim a obriga, e deixa progredir um cancro silencioso.
O problema é este: é que falar destas coisas já não é ter ideais, acreditar na mudança.
Quer apostar que, até você talvez, dirá que é pura demagogia?
Vai cagar o mestiço e não vai só;
Convida a algum, que esteja no Gará,
E com as longas calças na mão já
Pede ao cafre canudo e tambió:
Destapa o banco, atira o seu fuscó,
Depois que ao liso cu assento dá,
Diz ao outro: "Oh amigo, como está
A Rita? O que é feito da Nhonhó?"
"Vieste do Palmar? Foste a Pangin?
Não me darás notícias da Russu,
Que desde o outro dia inda a não vi?"
Assim prossegue, e farto já de gu,
O branco, e respeitável canarim
Deita fora o cachimbo, e lava o cu.