domingo, 20 de janeiro de 2008

Obviamente, bocage...


"Ergue-lhe a saia o renegado amante,
Estira-se a consorte, ágil e pronta;
E ele a seta carnal no mesmo instante
Ao parrameiro mísero lhe aponta:
Com um só beijo do membro palpitante
Ficou subitamente a moça tonta,
E julgou (tanto em fogo ardia o nabo!)
Que encerrava entre as pernas o diabo.

Prossegue o desalmado; mas a esposa
Que não pode aturar-lhe a dura estaca,
Dando voltas ao cu muito chorosa
Com jeito o membralhão das bordas saca;
Ele irado lhe diz, com voz queixosa:
«Não és uma mulher como uma vaca?
Porque fazes traições, quando te empurro
O mastro? Quando vês que gemo, e zurro?»

Então, cheio de raiva, aperta o dente,
E na gostosa, feminil masmorra,
Alargando-lhe as pernas novamente,
Com estrondosos ais encaixa a porra:
Ela, que já no corpo o fogo sente
Do marsapo, lhe diz: «Queres que eu morra?
Tu não vês que me engasgo, e que estou rouca,
Porque o cruel tesão me chega à boca?"


3 comentários:

Balbino disse...

Quem sois vós? Isto é só gajas nuas! LOOL

José Grosso de Malho disse...

Caro amigo, a nossa identidade está disponível para consulta na secção "contribuidores".
Quanto às gajas, é um facto, e hão-de ser cada vez mais!!!
abraço e volte sempre, se quiser.

Unknown disse...

Estes homens são uns Senhores! Continuem amigos!